Veleiro da Marinha do México colide com ponte do Brooklyn em Nova York: 2 mortos e 19 feridos

Um grave acidente envolvendo o navio-escola Cuauhtémoc, da Marinha do México, chocou Nova York neste sábado (17). A embarcação de treinamento colidiu com a famosa ponte do Brooklyn, uma das mais icônicas da cidade, resultando em duas mortes e 19 feridos — dois deles em estado crítico. O incidente mobilizou diversas equipes de emergência e gerou pânico entre testemunhas que presenciaram a cena dramática.

Como aconteceu o acidente?

Segundo informações da Guarda Costeira dos EUA e da Polícia de Nova York, o navio mexicano Cuauhtémoc, com 277 pessoas a bordo — entre cadetes, tripulação e oficiais —, perdeu energia enquanto era manobrado sob a ponte do Brooklyn, em direção ao East River. O veleiro, que mede 91 metros de comprimento e 12 metros de largura, estava participando de uma missão diplomática e de treinamento, como parte do programa anual da Marinha do México para formar futuros oficiais.

Imagens gravadas por pessoas que estavam próximas ao local mostram os mastros altos do navio se chocando violentamente contra a estrutura da ponte. Vários tripulantes estavam posicionados nos mastros no momento da colisão, o que contribuiu para o número de feridos. Ao se partirem, os mastros caíram sobre o convés, atingindo diretamente os marinheiros.

Acredita-se que um problema mecânico, possivelmente ligado a um corte total de energia, tenha causado a falha de controle da embarcação, impossibilitando o capitão de evitar a colisão.

Pânico à beira do East River

Nick Corso, morador do Brooklyn que testemunhou o acidente, descreveu momentos de desespero: “Havia muitos gritos, alguns marinheiros pendurados nos mastros… As pessoas começaram a correr, fugindo da beira da água. Foi um caos completo.”

Outra testemunha, Kelvin Flores, contou à BBC que estava trabalhando quando percebeu a movimentação. “Saí e vi a comoção. Carros de bombeiros, ambulâncias e viaturas estavam tentando chegar, mas as ruas estavam congestionadas. Só de ver os danos, foi uma loucura. As pessoas estavam sendo levadas em macas. Parecia cena de filme.”

O prefeito de Nova York, Eric Adams, usou sua conta oficial na rede X (antigo Twitter) para lamentar o ocorrido e confirmar o número de vítimas: “Estamos profundamente entristecidos pela perda de duas vidas a bordo do Cuauhtémoc. Nossos pensamentos estão com os feridos e com todos os afetados por este trágico acidente.”

Ponte do Brooklyn é reaberta

Apesar da violência do impacto, engenheiros da cidade informaram que a estrutura da ponte do Brooklyn não sofreu danos significativos. Após uma inspeção preliminar, a ponte foi reaberta ao tráfego ainda no mesmo dia. A segurança da ponte, construída no século XIX e um dos principais pontos turísticos da cidade, é constantemente monitorada por sensores e equipes especializadas.

Sobre o navio Cuauhtémoc

O Cuauhtémoc é um veleiro de três mastros, conhecido mundialmente por sua participação em regatas internacionais e missões de boa vontade. Construído na Espanha em 1982, ele é uma embarcação escola da Marinha do México, projetado para treinar cadetes em técnicas de navegação tradicional.

Todos os anos, ao fim do ciclo escolar da Escola Naval Militar, o Cuauhtémoc parte em uma longa viagem pelo mundo, com o objetivo de proporcionar experiência prática em alto-mar aos futuros oficiais. A bordo, os cadetes aprendem sobre navegação, meteorologia, manobras com velas e vida em equipe.

Este acidente marca uma das situações mais graves na história do navio, que, até então, havia acumulado décadas de viagens internacionais sem registros de incidentes fatais.

Reações e investigações

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, se pronunciou publicamente, expressando pesar pela tragédia: “Lamento profundamente a perda de dois valorosos membros da Marinha Mexicana. Estamos acompanhando de perto as investigações e oferecendo apoio às famílias.”

O Cuauhtémoc foi rebocado após o acidente e se encontra agora atracado em segurança no porto da cidade. Uma equipe conjunta da Guarda Costeira americana e da Marinha mexicana iniciou uma investigação para apurar as causas do corte de energia e avaliar possíveis falhas humanas ou técnicas.

Apesar do choque, todos os tripulantes foram contabilizados, e não houve registro de pessoas caindo na água, o que poderia ter agravado ainda mais a tragédia.

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