Estreia apagada: Brasil e Equador empatam sem gols em jogo pouco inspirado sob o comando de Carlo Ancelotti

Em uma partida marcada por muita disputa física, mas com pouquíssima criatividade ofensiva, Brasil e Equador ficaram no empate sem gols na noite desta quinta-feira, 5 de junho, no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil. O duelo foi válido pela 15ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 e marcou a aguardada estreia de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira.

Apesar da grande expectativa envolvendo o início da trajetória do técnico italiano à frente do Brasil, o jogo acabou sendo frustrante para quem esperava um espetáculo. Diante de mais de 40 mil torcedores presentes nas arquibancadas do imponente estádio equatoriano, as duas equipes protagonizaram um duelo travado, com muitas faltas e poucas oportunidades claras de gol. O resultado acabou sendo um 0 a 0 justo, que refletiu fielmente o que foi a partida: muita luta e quase nenhuma inspiração.

Com o empate, a Seleção Brasileira segue na quarta colocação da tabela, somando agora 22 pontos. Já o Equador, dono da casa, mantém-se na vice-liderança, alcançando os 24 pontos e consolidando sua boa campanha na competição. Na próxima rodada, marcada para a terça-feira, dia 10, o Brasil enfrentará o Paraguai na Neo Química Arena, em São Paulo, às 21h45. No mesmo dia, o Equador encara o Peru, em Lima, às 22h30.

Primeira vez de Ancelotti no banco brasileiro

Embora o empate sem gols tenha sido o destaque do placar, o foco da partida esteve, sem dúvidas, fora das quatro linhas. Carlo Ancelotti, um dos treinadores mais vitoriosos da história do futebol mundial, fez sua aguardada estreia no comando da Seleção Brasileira. Conhecido pela sua experiência e tranquilidade à beira do campo, o italiano se mostrou bastante participativo, gesticulando, orientando e incentivando os jogadores ao longo dos 90 minutos.

Ancelotti promoveu algumas mudanças no esquema tradicional da equipe, apostando em um meio-campo mais técnico, com a presença de Gerson e Casemiro, e tentando explorar a velocidade de Vinícius Júnior pelos lados. No entanto, o desempenho ficou aquém do esperado, mostrando que o treinador ainda terá muito trabalho pela frente para ajustar a equipe rumo à Copa do Mundo.

Primeiro tempo com raras emoções

A partida começou equilibrada, com o Equador tentando se impor com o apoio da sua torcida. No entanto, foi o Brasil quem criou a primeira grande oportunidade. Aos 21 minutos, Estevão recuperou a bola no meio-campo, acionou Richarlison, que rapidamente tocou para Gerson. O meio-campista, ao invés de finalizar, optou pelo passe para Vinícius Júnior, mas o camisa 10 acabou parando na boa intervenção do goleiro Gonzalo Valle.

O Brasil ainda teve outra chance relevante aos 30 minutos, novamente pelos pés de Vini Jr., que fez boa jogada pela esquerda e cruzou. A defesa equatoriana afastou mal, e a bola sobrou limpa para Vanderson, mas o lateral hesitou ao tentar dominar, permitindo o desarme e desperdiçando uma chance clara de abrir o placar.

O Equador respondeu já nos minutos finais da primeira etapa. Aos 37 minutos, após uma cobrança de falta alçada na área brasileira, Alisson saiu mal do gol, mas o zagueiro Pacho, livre, finalizou de primeira e mandou por cima, perdendo a melhor oportunidade dos donos da casa.

Segundo tempo ainda mais truncado

Na volta do intervalo, a esperança de um jogo mais aberto rapidamente se dissipou. As equipes seguiram com dificuldades na criação e as defesas prevaleceram sobre os ataques. O Brasil teve uma boa chegada logo no início, em jogada individual de Vinícius Júnior, que avançou pela ponta, mas Richarlison falhou na hora de completar, furando a tentativa de finalização.

O Equador, por sua vez, assustou com Yeobah, que fez boa jogada individual sobre Alex Sandro, mas finalizou fraco, facilitando a defesa de Alisson. A partir da metade do segundo tempo, os equatorianos tentaram exercer uma leve pressão, especialmente através de bolas aéreas, aproveitando a força física de seus atacantes e o apoio da torcida.

Entretanto, a melhor chance da etapa final ainda foi brasileira. Após boa tabela pela esquerda, Vinícius Júnior rolou para Gerson, que inteligentemente fez um corta-luz, deixando a bola limpa para Casemiro. O volante bateu firme, rasteiro, mas parou novamente em Gonzalo Valle, que fez uma defesa segura. Pouco depois, Estupiñán arriscou de muito longe, obrigando Alisson a realizar uma defesa difícil, mas a bola seguiu sem balançar as redes.

Empate justo em uma partida sem brilho

Nos minutos finais, o Equador tentou um abafa, pressionando o Brasil no seu campo defensivo, mas sem conseguir criar chances claras. Já a Seleção Brasileira buscava explorar os contra-ataques, mas pecava na tomada de decisão no último passe, falhando em transformar as investidas em perigo real para a meta adversária.

Assim, o jogo terminou como começou: com o placar zerado e a sensação de que o Brasil, sob o comando de Ancelotti, ainda precisa evoluir muito para se consolidar como um dos favoritos ao título mundial. O técnico italiano terá agora pouco tempo para corrigir falhas e ajustar a equipe para o próximo compromisso nas Eliminatórias.

O empate em Guayaquil deixa claro que a caminhada rumo à Copa do Mundo será repleta de desafios, tanto para o Brasil quanto para Ancelotti, que já percebeu o quão dura pode ser a competição sul-americana.

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